Eis mais uma das nossas viagens a bordo da carrinha imaginária do Vou Ali e Venho Já. Se ainda não conhecem este projeto, saibam que se trata de uma rubrica mensal que junta a viagem à fotografia, sem termos de sair do lugar! Através do Google Street View, viajamos até lugares remotos, passeando virtualmente pelas mais diversas cidades, e registando os nossos olhares através de print screens que partilhamos agora convosco. Este projeto é da autoria do Palavra-padrão e da Lúcia, autora do blog Lucie Lu, mas aberto a todos os que se quiserem juntar a nós! Se estás cheio(a) de vontade de ver o mundo, sabe como juntar-te a nós neste post de apresentação.
Depois de um mês de pausa para turistar fora do ecrã, estamos de volta com os nossos registos, desta vez sobre a Cidade do Cabo. Para quem ainda se recorda se alguns ares das aulas de História, a Cidade do Cabo (África do Sul) foi sendo disputada entre Holandeses e Ingleses durante os séculos XVII, XVIII e XIX, até que, após a descoberta de diamantes e uma grande onda de migração para a África do Sul, os conflitos entre os habitantes e os Ingleses culminaram numa guerra, da qual resultou a retirada destes últimos do território. Foi aí, em 1910, que o Reino Unido reconheceu a União Sul-Africana, com a Cidade do Cabo como capital legislativa.
Em 1948, com a vitória do National Party, surgia parte da História que não se apaga da memória dos Sul Africanos, e em especial dos habitantes da Cidade do Cabo, que viveram em primeira mão o flagelo do regime de Apartheid. Vários milhares de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas e a reconstruir habitação em zonas especificas criadas para o efeito, deixando bairros inteiros sob a bandeira de território exclusivamente branco. A educação, o emprego, até aos próprios lugares que uma pessoa podia frequentar eram determinados pela etnia, e não tardou até que vários movimentos de oposição se fizessem erguer contra um ataque tão direto aos direitos humanos. A 11 de Fevereiro de 1990, Nelson Mandela fez o discurso que o haveria de consagrar como símbolo da oposição ao regime. Nesse mesmo ano, o governo sul-africano de Frederik Willem punha um ponto final sobre décadas de repressão e em 94 foram realizadas as primeiras eleições livres.
Aos nossos olhos (virtualmente falando), a Cidade do Cabo é resultado desta história atribulada. É uma cidade resistente, intensa, colorida, dispare e organizada.
Já vos habituamos, em passeatas anteriores, a destacar o lado humano e menos turístico da cidade, e esta "viagem" foi particularmente rica nesse aspeto.
Fiquem lá com os nossos registos:
Aos nossos olhos (virtualmente falando), a Cidade do Cabo é resultado desta história atribulada. É uma cidade resistente, intensa, colorida, dispare e organizada.
Já vos habituamos, em passeatas anteriores, a destacar o lado humano e menos turístico da cidade, e esta "viagem" foi particularmente rica nesse aspeto.
Fiquem lá com os nossos registos:
Mais recentemente, a Cidade do Cabo tem estado nas bocas do mundo por um outro tema preocupante: a falta de água. No último ano, as reservas de água da cidade estavam de tal forma baixas, que as previsões indicavam que a 11 de abril de 2018 a água deixaria de chegar às torneiras dos habitantes, aquilo que se denominou de o "Dia Zero". Segundo o jornal público "Se se tivesse concretizado, os habitantes estariam agora a abastecer-se nos 200 pontos de recolha de água, onde poderiam receber, no máximo, 25 litros de água por dia por cada pessoa (A Organização Mundial de Saúde estima que só num duche de cinco minutos se gastem cerca de 100 litros...)." De facto, as previsões não se cumpriram, devido a uma agressiva resposta por parte do governo e habitantes, que conseguiram reduzir drasticamente o consumo de água, perante a ameaça de seca eminente.
O que é certo é que, apesar de se ter ganho algum tempo, o dia zero continua a estar nas previsões da Cidade do Cabo, desta vez para 2019, e embora nos pareça uma realidade distante para nós, a verdade é que a ameaça é global e o planeta não nos poupa nos sinais óbvios que nos tem enviado... Talvez esteja na altura de o ouvirmos com atenção.
Sem nunca ter lá estado, e graças aos vossos registos, também sinto que a cidade do Cabo é fruto de todos esses processos e mudanças históricos. Parece que englobava vários mundos num único espaço.
ResponderEliminarEssa realidade é mesmo preocupante e não podemos achar que está longe. Porque a continuarmos a agir como temos feito, não estamos livres de sofrer revezes.
Muuuito obrigado :D
ResponderEliminarÉ de uma beleza e tanto :') Embora seja uma realidade que nos preocupe, tendo em conta que é um mundo à arte, não nos podemos esquecer de que quase nos pertence!
NEW FASHION POST | TREND ALERT: THE ANIMAL PRINT MANIA
Instagram ∫ Facebook Official Page ∫ Miguel Gouveia / Blog Pieces Of Me :D
Gostei bastante deste post tem fotografias fantásticas e realmente ultimamente tem-se falado desta cidade pela falta de água.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Gostei das imagens, desconhecia essa dificuldade da falta de água na cidade, é trágico lidar com a escassez dos recursos. Essa é uma forma de sensibilizar todos para adotar uma atitude mais ecológica. Beijinhos
ResponderEliminarQue fotos lindas!!!
ResponderEliminarMas dá pra sentir a simplicidade e até dificuldade do lugar...
Deve ter sido uma grande experiência conhecer esse lugar.
https://heyimwiththeband.blogspot.com/
Gostei imenso e achei os registos fantásticos :)
ResponderEliminarDe facto, a falta de água é algo muito preocupante e acho mesmo que nós estamos sujeitos a essa realidade. Devíamos mesmo abrir os olhinhos e fazer algo pelo nosso mundo.
Beijinhos
Nunca fui, mas pelas fotos é simplesmente lindo. Vou definitivamente colocar na lista de lugares a visitar. Adorei os vossos registos. Beijinhos
ResponderEliminarwww.dezoito.pt
Já tinha saudades das vossas "viagens".
ResponderEliminarBoa semana
Que fotografias lindíssimas! Realmente devemos começar a ter em atenção o nosso planeta e todos os recursos que ele nos dá, afinal não acontece só aos outros!
ResponderEliminarBeijinho, Ana Rita*
BLOG: https://hannamargherita.blogspot.com/ || INSTAGRAM: https://www.instagram.com/rititipi/ || FACEBOOK: https://www.facebook.com/margheritablog/
As fotos são tão maravilhosas ;)
ResponderEliminarhttp://retromaggie.blogspot.com/
O único Continente que ainda não visitei.
ResponderEliminarBoas semana
Que lugar lindo e as imagens são incríveis e retratam bem o lugar.
ResponderEliminarObrigada por visitarem o meu blog e parabéns pelo o de vocês.
www.paginasempreto.blogspot.com.br
Caramba! Que projeto incrível, acabei de conhecer mais amei muito.
ResponderEliminarAs fotos incríveis e curiosidades bem bacanas.
Já vou seguir.
naoseavexe.blogspot.com
Que boa ideia :))
ResponderEliminarAs imagens são ótimas, nunca pensei que fossem print screens!
Adorei esta viagem, é pena essa situação da água, mas parece uma cidade linda...
Que sítio lindo!
ResponderEliminarÉ mesmo, mesmo brutal! Adorávamos visitar!
esta foi sem dúvida uma bela passeata (acho que estamos todos redimidos do enjoo do mónaco!) e claro que também gostei bastante dos vossos registos.
ResponderEliminaragora se me dão licença vou ouvir a "all those yesterdays" do yield dos pearl jam porque foi o que me veio à cabeça quando vi a vossa foto com o sinal de cedência de passagem...
Que fotografias lindíssimas!
ResponderEliminarNova seguidora, beijinhos
https://islandgirlife.blogspot.com/
Que projeto interessante. Eu também tenho um lema de que, quando não podemos viajar fisicamente, pegamos num livro e ele transporta-nos. Mais ou menos a mesma filosofia do vosso "Vou Ali e Venho Já", mas analógica!
ResponderEliminarAbraço e votos de boas viagens
O meu padrasto viveu aqui. Vou-lhe mostrar esta publicação sem duvida. :)
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